A culpa sempre é do gordinho...

Domingo de Sol, calor de mais de 30º e decidimos ir passear no Brique da Redenção. Como tenho uma criança grande morando comigo que não pode ver nada na rua que quer comprar, disse:
- Amor, come algo. Tem bolo de cenoura no forno e se quiser faço uma torrada.
- Não precisa fazer nada, já comi algo.

A Ká sugere estacionarmos o carro no Zaffari perto da Redenção e dali vamos caminhando até a feira. Como estava muito quente a Kátia foi de vestidinho e sandalinha, toda bonita e eu exercitanto meu lado ogro fui de bermuda e camiseta.

Após 15 min. no Brique a Kátia diz:
- Não estou bem...
- O que houve?
- Estou tonta...
- Comeu antes de sair de casa?
- Não, não estava com fome...

Respiro fundo e levo a Kátia até uma barraca de lanches. Compro um salgado e um refrigerante para ela. Procuramos um banco à sombra na Redenção e ficamos ali enquanto ela come e bebe o refrigerante.

O parque está lotado e eis que do nada surge um barulho:
- BUUUUUUURPP !!!!!!!! (Lembrem o maior arroto que já escutaram, o dela foi duas vezes maior.)

O som foi tão grande que senti o banco tremer, os passaros pararam de cantar, um cachorrinho que parecia o "Ajudante de Papai Noel" do desenho dos Simpsons e estava perto se assustou, o silêncio imperou e tive a impressão que até o Sol parou de brilhar.

A Ká ficou roxa de vergonha e lentamente começamos a olhar em volta...

Incrivelmente ninguém estava olhando... para ela.

TODAS as pessoas no parque olhavam para mim!!!

Levantamos e lentamente fomos embora. As pessoas continuavam me olhando, com um olhar de "Como uma menina tão bonita sai com um ogro destes em público?".

Ser marido de grávida e ter a cara do Shrek não está me ajudando...